7 de outubro de 2011

Porque jogar... L.A. Noire


O que é...

L.A. Noire é um jogo de ação/investigação em um mundo aberto, ao estilo GTA e Red Dead Redemption, também produzido pela Rockstar Games. Lançado para PS3 e XBox 360 em 17 de Maio de 2011 na América do Norte, o game foi muito bem recebido pela crítica e foi o jogo mais vendido de Maio de 2011 nos EUA (superando Portal 2 e Mortal Kombat, que foram lançados dia 19 de Abril), porém seu sucesso não alcançou seu "primo mais velho", Red Dead Redemption. A primeira vista o jogo lembra muito GTA IV num ambiente da década de 40, mais precisamente Los Angeles (dai o nome L.A. Noire, pra quem não sabe) em 1947. Tal ambientação é um dos primores do jogo, com a cidade dos anjos sendo reconstruida digitalmente em todo seu esplendor num cenário pós 2ª Guerra Mundial. Mas não pense que você vai poder sair por ai atirando em qualquer um no meio da rua, como era possível em GTA. Agora você controla um homem da lei e só pode sacar a arma em momentos realmente necessários (o computador saca automaticamente, sem possibilidade de comando manual).




O que acontece...

Você controla Cole Phelps, um tenente herói de guerra que comandava uma unidade da "U.S. Marine Corps" em Okinawa e que depois de voltar da guerra descide por algum motivo entrar para o departamento de polícia de Los Angeles (seus motivos fazem parte da construção do personagem e são mostrados ao longo do jogo, com pequenos flash backs da guerra). No início você começa o jogo como um simples patrulheiro, mas ao chegar numa cena do crime antes do time de investigação, você acaba encontrando pistas importantes para a resolução do caso e chama atenção de seus superiores que o promovem para a divisão de investigação de crimes de tráfego (qualquer coisa que envolva uma morte e um carro). O jogo não segue uma história completamente linear, onde você vive a vida de Phelps continuamente. Há espaços de tempo entre cada um dos casos que são mostrados, o que favorece o jogo, não o tornando repetitivo (se ele colocasse vários casos pequenos e chatos pra resolver, o que é comum na vida real, o game seria muito parado) e já pula direto para os casos que foram memoráveis na carreira de Cole Phelps. Conforme você vai evoluindo na história, Phelps recebe promoções (e rebaixamentos) que o levam para outras divisões de investigação (Homicídios, Narcóticos e Incêndios) e ganha acesso a diferentes roupas que podem conceder bônus, como maior proteção contra dano.




Mecânica...

Em L.A. Noire, a famosa mecânica dos jogos da Rockstar aparece novamente, porém há mudanças consideráveis, principalmente nos controles. A movimentação do personagem continua através do analógico esquerdo, mas para correr é necessário presionar R2, o que difere de outros jogos da produtora, mas após pouco tempo o jogador já se acostuma. Uma mudança importante é a falta de um sistema de GPS (por motivos óbvios), mas o serviço é realizado de uma maneira nova e muito bem adaptada. Quando o jogador preciona o botão "quadrado" dentro de um carro, seu parceiro fala qual será sua ação no próximo cruzamento, indicando o caminho a ser seguido (por exemplo, vire na próxima direita). Outro fato digno de nota é a mecânica de armas. Não espere um vasto arsenal para L.A. Noire, pois Phelps não chega a usar nem 5 armas diferentes. Na maior parte dos casos você conta somente com sua pistola, podendo pegar a escopeta no porta-malas do carro, mas como o foco do jogo não é o combate, isso não chega a atrapalhar seu ótimo desempenho. A alma do jogo está na parte investigativa, com ênfase nas cenas do crime e nos interrogatórios. Na primeira vez que você jogar L.A. Noire você vai se sentir um verdadeiro detetive (apesar que alguma vezes os tiques nervosos dos interrogados serem muito na cara), mas após zerar o jogo não há muito incentivo a fazê-lo novamente, porém os conteúdos por download (incluindo um caso exclusivo grátis na versão para PS3) dão uma prolongada na vida do game.




Visual...

A ambientação do jogo está, como é comum com a Rockstar, perfeita. O estilo "noire", digno de filmes antigos de detetives, dá um ar todo especial ao jogo. Os carros são fiéis as carros que circulavam por Los Angeles nos anos de 1947, possuem detalhes bem acabados e os efeitos de danos são bons, porém as texturas dos ambientes abertos deixam a desejar, dando um aspecto de maquetes, com efeitos de sombras não muito bons. Não sei se isso faz parte do efeito visual que a produtora queria, ou simplesmente um pouco de falta de capricho com os cenários mais triviais. O mesmo não pode ser dito dos ambientes internos e das cenas do crime, que possuem vários detalhes, que podem até mesmo ser vasculhados, mesmo que o item não acrescente nada ao caso (mas depois de um tempo ocorrem a repetição de vários itens aleatórios por lugares diversos, como garrafas, pentes e pontas de cigarros).




Som...

Quem curte jazz e blues vai adorar a trilha sonora desse jogo, para quem não curte... Bom, para quem não curte há duas opções, ou escuta e entra no clima do jogo (o que é muito agradável) ou liga o som do seu próprio quarto e coloca sua playlist favorita. Digo isso porque o rádio do carro só toca uma estação, não tem como trocá-la, mas boa parte da ambientação está por conta do som, que apresenta algumas transmições reais da época do jogo, muitas vezes trazendo informações sobre a segunda guerra mundial. O som também tem um papel importante durante as investigações e perseguições, contribuindo mais uma vez para a imersão do jogador.




Pontos Positivos...

- Ambientação perfeita, ao estilo Noire de antigos filmes de detetive (clichês inclusos, como chuva durante os momentos cruciais finais do jogo)
- Casos variados e com variados graus de dificuldade (o que torna zerar o jogo uma tarefa prazerosa e ao mesmo tempo trás uma tristeza por tê-lo feito)
- Mecânica de interrogatórios nova e revolucionária (as micro-feições do rosto capturadas, pela primeira vez em jogos, com sensores tão precisos são ferramentas cruciais para acertar as opções nos interrogatórios)
- História principal bem elaborada dando uma continualidade aos casos (não é simplesmente uma colcha de retalhos com casos de detetive)
- Mapa gigantesco e fiél à Los Angeles (De tão grande chega a quase ser um defeito, porque pode demorar muito pra chegar de um ponto ao outro, mas a Rockstar pensou nisso e colocou a opção de seu parceiro dirigir por você, simplesmente pulando a viagem)
- Ótima dublagem (Com vozes que encaixam com os personagens, pois estes são feitos baseando-se nos dubladores/atores reais)

Pontos Negativos...

- As texturas dos ambientes externos deixam a desejar (parece que você está dirigindo em uma maquete)
- Os atropelamentos não são impossíveis, mas muitas vezes o jogo simplesmente dá um jeito do pedestre sair ileso (não que eu queira sair por aí atropelando todo mundo, mas eles podiam ter puxado mais alguma coisa do lado do GTA, hehe)
- Pouco número de armas (Se eu já acho que GTA IV, que é voltado para a violência, tem poucas armas, L.A. Noire decepciona nesse quesito)
- Depois de zerar o jogo não se tem muita vontade de fazê-lo de novo (Ainda há uma tentativa de prender o jogador por mais tempo, através de carros "secretos", mostrados no mapa {é isso mesmo que eu estou lendo???}, e a descoberta de diversos "landmarks", que são pontos notáveis de Los Angeles na década de 40, mas nada que realmente valha a pena)

Procurando defeitos...


- Pouca variedade de itens que não servem pra nada num caso (Depois de jogar alguns poucos casos você irá perceber que vários itens inúteis se repetem à exaustão e até certo ponto nunca serviram pra nada, até que em algum caso aparece um item desses relevante e você descobre que as várias escovas de cabelos vistas durante o jogo são simplesmente colocadas porque eles tiveram que fazer uma em algum caso, com isso você adquire o "poder" de prever o que um dia vai ser usado, porque você vive analisando uma maldita caixa de sabão em pó...)

Notas...

Visual___8/10

Enredo_____10/10

Som__________9/10

Mecânica_______9/10

Controles________9/10

Replay_____________7/10

Total________________8,6/10

O jogo em uma palavra...

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